Em 1968 mulheres jogavam fora seus sutiãs durante um protesto contra o concurso Miss EUA, dando início a conhecida revolução feminista. Foi nesse mesmo ano que o anticoncepcional ganhou fama, dando início a liberdade sexual feminina. E em 1968 minha mãe nasceu, porém esse fato não faz parte do que vim falar.
Durante todos esses anos pudemos descobrir nossa sexualidade e desejos sem medo de engravidar, pudemos ser donas de nós mesmos. A pílula passou a ser um dos melhores amigos da mulher, além de nos proteger de bebês não desejados, diminui as dores pré-menstruais, os sintomas da TPM e as espinhas! Algumas comentam que diminui também a oleosidade capilar e o fluxo menstrual.
A pílula faz tudo isso e muito mais, ainda assim eu parei de tomá-la. Poderia dizer que é porque desde que a amiga da minha mãe teve trombose causado pelo uso de anticoncepcional eu fiquei receosa ou que eu passei a pensar nas consequências que o excesso de hormônios podem causar futuramente no meu organismo. Mas a verdade é que eu, em todos esses anos com mesmo remédio (Mercilon Conti), não lembro de ter tomado a pílula direito. Ou cada dia era em um horário ou era um dia sim e três não. Não gosto de tomar remédio, além de não ser muito organizada. Sendo assim em setembro do ano passado fiz o anúncio Marido, a partir de hoje eu não uso mais remédio de uso contínuo, cuidados dobrados para não sermos agraciados com a surpresa de um mini nós a caminho.
Percebi que os hormônios levaram aproximadamente três meses para saírem do meu corpo. Descobri porque foi esse o tempo que levei para perceber tudo o que a pílula fazia por mim. O primeiro susto foi o sumiço dos meus seios! Lembro de estar indo tomar banho, me olhar no espelho e me perguntar cadê!? Em seguida foi uma vontade do tamanho do mundo de brigar com alguém. Depois de chorar por ter brigado ou por não ter conseguido brigar. Após vários chocolates veio a dor, uma cólica que me derrubou como a muito não me derrubava. O fluxo aumentou, levei um susto ao ver meu copinho cheio! A grande surpresa foi descobrir que agora tenho fluxo regular, sempre sei que dia a menstruação vai chegar e quantos dias ela dura!
Bem, colocando tudo no papel dá para perceber que não há tantas vantagens assim, né? Mas eu não me arrependo, fico feliz em saber que não entupo meu corpo de hormônios cujo efeitos futuros ainda são um mistério (por exemplo, alguns dizem que desenvolve alguns tipos de câncer, outros que previne)! Sem contar, claro, que tenho um motivo a menos para ir dormir pensando preciso ser mais responsável.
