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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Que tudo se realize no ano que vai nascer!

A temperatura lá fora está próxima dos 25 graus negativos. Olho pela janela e vejo a neve cobrindo grama, calçada e os galhos das árvores. Alguns corajosos saem com seus cachorros, as crianças caminham puxando seus trenós, o inverno finalmente chegou! Eu fico aqui tomando meu chá e planejando o que quero fazer diferente neste ano.

Foto: Kay G. Bayer
No dia 31 de dezembro descobri o que o futuro me reserva através de uma tradição finlandesa, a tina! Uma ferradura que derretemos e jogamos em água fria, o ferro derretido se transforma no seu futuro, para descobri-lo é preciso olhar sua sombra. A minha sombra deu um bebê, pelo menos foi o que minha sogra enxergou e descreveu tão bem que todos acreditamos.... Sendo assim minha primeira resolução para o ano que se inicia é: triplicar os cuidados para que nenhum bebê apareça! Sabe, eu adoro crianças! E acredito que elas me adorem também, mas ainda não estou preparada para toda a responsabilidade da maternidade. Por enquanto deixarei minha sogra na vontade.
Também me propus a comer uma fruta por dia. Adoro frutas, mas nunca tive o hábito de comê-las e a culpa é da minha mãe e abuela que sempre preparavam as frutas para mim. Fiquei mimada e mal acostumada!! Agora vivendo na fria e escura Finlândia sinto que preciso cuidar melhor da minha saúde, e as frutas são sempre gostosas e cheias de vitaminas! Por enquanto estou conseguindo cumprir o tratado (confesso que as frutas que comprei são uvas, bananas e mimosas, as mais práticas que há no mercado).
Além disso quero tentar pintar as unhas toda a semana. Posso não ter tomado banho, mas se minhas unhas estão pintadinhas me sinto limpa, vaidosa, sinto que me amo e me cuido. Quem sabe um dia converse com um psicólogo sobre essa associação entre unhas e amor próprio. Você acha que é culpa dos padrões impostos pela sociedade? Eu, quando acordo refletindo demais, acredito que sim.
Ah, quero problematizar menos! Eu sofro com o que as pessoas falam, sou muito sensível. Final do ano um grupo de amigas no Whatssapp comentavam sobre a sogra de uma delas e acabaram fazendo um comentário que eu não gostei, achei preconceituoso e contei à elas que não achei bacana. Acredito que para não brigarmos, fui ignorada e a única que me respondeu acabou me fazendo chorar. Me encaixei no colo do Mikko e chorei, não porque a resposta foi agressiva, mas porque percebi que nem todos pensam como eu e que aquela maneira particular era ofensiva e eu não queria acreditar que pessoas que eu gosto pensam assim. Quero iniciar o ano mais leve. Leve e menos encrequeira, essa é a resolução mais difícil!
O chá está terminando e um vizinho passou correndo, o que me lembrou que quero seguir fazendo exercícios físicos! Em 2015 iniciei a tricotar, amei e quero tricotar muito em 2016!

Minha sorte!
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