Por aqui o dia tem ficado cada vez mais curto e já não me surpreendo mais quando vejo que ainda são 16h e não 22h como a escuridão nos faz acreditar. E é, também, por causa dessa escuridão que a Finlândia aparece na lista dos países com maior índice de suicídio do mundo (a Finlândia adora protagonizar listas!).
Aproveitarei esse clima pesado para contar mais um dos destinos que tive a oportunidade de conhecer, um lugar de cenário deslumbrante mas com uma energia carregadíssima: o campo de concentração de Auschwitz.
| Quem não lembra a história é obrigado a vive-la novamente. |
A nossa escolha de destinos foi completamente aleatória, fomos olhando o mapa e escolhendo as cidades em que pararíamos. Acontece que fizemos um itinerário que nos preparou para o que viveríamos no campo.
Dormimos em Cracóvia e contratamos uma excursão que nos buscou na porta do Hostel. Durante todo o trajeto assistimos a um documentário que continha cenas reais de quando os soldados soviéticos chegaram ao campo. É horrível, chorei na van e já estava me arrependendo de ter ido realizar esse sonho torto.
| O trabalho liberta |
A entrada do campo é o local mais famoso, qualquer um que vê a foto acima sabe que lugar é. A guia nos contou que a frase está escrita errada (quem fala alemão vai achar o erro!) e que não sabem se foi porque os prisioneiros não eram falantes do alemão, erro por pura ignorância, ou se foi proposital, afinal, que trabalho era esse que libertava?
| Malas dos prisioneiros |
O campo está repleto de placas que explicam o que aconteceu ali, mas optamos por fazer o passeio guiado e fotografar todas as placas para ler depois (e é a fonte do que contarei aqui!).
Auschwitz está composto por três campos, dois são museus: Auschwitz e Birkenau. Auschwitz foi construído pelos poloneses para servir de alojamento para soldados, em 1939 a Alemanha invade a Polônia e em abril de 1940 decide reinaugurar o local com um novo objetivo: ser a nova casa de milhares de judeus. Sim, casa. As pessoas arrumavam sua mala com seus bens mais preciosos e entravam em um trem juntos de sua família porque acreditavam que seriam apenas realojados para uma comunidade exclusiva para judeus, como já havia acontecido em outras épocas. Mas o que aconteceu foi um pouco diferente, entre os anos de 1940 e 1945 foram deportadas 1.300.000 pessoas à Auschwitz (1.100.000 judeus, 140.000 poles, 23.000 ciganos, 15.000 prisioneiros soviéticos, 25.000 prisioneiros de outros grupos étnicos), dessas um milhão e cem mil morreram, 90% eram judeus e a maioria foi assassinada nas câmaras de gás. Como se sabe de tudo isso? Os alemães foram extremamente organizados e anotaram tudo! Os cadernos estão expostos e contem o nome do prisioneiro, a idade, a nacionalidade e onde está "vivendo". Tem também a data da morte.
Auschwitz está composto por três campos, dois são museus: Auschwitz e Birkenau. Auschwitz foi construído pelos poloneses para servir de alojamento para soldados, em 1939 a Alemanha invade a Polônia e em abril de 1940 decide reinaugurar o local com um novo objetivo: ser a nova casa de milhares de judeus. Sim, casa. As pessoas arrumavam sua mala com seus bens mais preciosos e entravam em um trem juntos de sua família porque acreditavam que seriam apenas realojados para uma comunidade exclusiva para judeus, como já havia acontecido em outras épocas. Mas o que aconteceu foi um pouco diferente, entre os anos de 1940 e 1945 foram deportadas 1.300.000 pessoas à Auschwitz (1.100.000 judeus, 140.000 poles, 23.000 ciganos, 15.000 prisioneiros soviéticos, 25.000 prisioneiros de outros grupos étnicos), dessas um milhão e cem mil morreram, 90% eram judeus e a maioria foi assassinada nas câmaras de gás. Como se sabe de tudo isso? Os alemães foram extremamente organizados e anotaram tudo! Os cadernos estão expostos e contem o nome do prisioneiro, a idade, a nacionalidade e onde está "vivendo". Tem também a data da morte.
| Fornos |
| "Alojamentos" |
Poderia passar horas contando à você o que vi e vivi durante as seis horas que passei nos campos. E poderia chorar tudo que já chorei lembrando e descobrindo o quanto o ser humano pode ser maligno. Poderia, mas não vou. Terminarei parafraseando o que nossa guia nos disse quando nos despedimos: A maior dor dos poloneses é saber que, após a guerra ter terminado, os nazistas nunca foram julgados por seus crimes, pois lutar contra o comunismo foi tido como prioridade.